Sempre fui fascinado por temas que envolviam magia. Livros, filmes e músicas que remetiam à Idade Média, aos celtas, às lendas arthurianas, aos magos e afins despertavam a minha curiosidade. Aos 12 anos, tive o prazer de encontrar alguns livros e comecei a estudar.

Foi nessa idade que li "Dogma e Ritual da Alta Magia" de Eliphas Levi e outros sobre ocultismo. Claramente, tive que reler o livro de Levi algumas vezes para formar uma base sólida e compreendê-lo melhor, sempre com novas perspectivas e insights.

Aos 14 anos, comecei a praticar Yoga e hoje ministro aulas.. Já são mais de 20 anos de prática. O Yoga é uma tecnologia psicoespiritual, uma sabedoria e um conhecimento aplicados em prol do destino superior da humanidade, por meio da expansão da consciência e do amadurecimento do indivíduo. Suas técnicas oferecem chaves práticas e compreensão por analogia em relação às práticas mágicas.

Aos 17 anos, ingressei em uma Ordem Iniciática com forte influência da Rosa Cruz de Krumm Heller, um ramo da Gnosis. Na ordem, tornei-me instrutor e sacerdote, chegando a abrir uma unidade dessa escola. Embora não participe mais das atividades, aqueles foram tempos de muito aprendizado.

Além disso, tenho formação em Administração e também trabalho nesta área, mais especificadamente na administração pública indireta.

Durante todo esse tempo, conciliando essas atividades voltadas para um conhecimento específico, também me dediquei às práticas pessoais, tanto de Yoga quanto de Magia. Quando meus estudos chegaram aos escritos de Aleister Crowley, percebi que esses temas, Yoga e Magia, estavam bem integrados, e logo me identifiquei. Não demorou muito para que eu encontrasse fontes sobre a Golden Dawn, a ordem à qual Crowley pertenceu antes de fundar a sua própria, e que hoje exerce grande influência sobre meus estudos, assim como seus contemporâneos, Israel Regardie e Dion Fortune.

Minha prática atual é uma combinação do Rosacrucianismo e do Tantrismo de Krumm Heller, presentes nas linhagens de Yoga às quais me dedico. Além disso, incorporo a mitologia Thelemica, Gnóstica e a síntese simbólica da Golden Dawn. Tudo isto forma a base do que considero a Nova Era.

Em relação ao Tarot, aos 9 anos de idade, descobri um exemplar em meio às caixas de mudança de meus pais. Era um baralho de tema egípcio, talvez influenciados pela Rosa Cruz. Aos 15 anos, de maneira misteriosa, me foi entregue outro baralho. Ao abrir uma gaveta de um amigo da escola, lá estava ele. Esse amigo explicou que uma tia havia deixado o baralho ali e que eu poderia levá-lo. Mais tarde, ele confirmou que era um presente deixado por ela especialmente para mim. Não procuro entender esses acontecimentos, mas o que sei é que o Tarot está presente na minha vida desde muito cedo e continua a desvelar seus mistérios, dos quais atualmente usufruo e também compartilho através de consultas..

O nome "Na Trilha dos Mistérios" é uma referência às minhas atividades de trilhas e caminhadas na natureza, que me permitem estar em contato com seus mistérios. Essa combinação de jornadas internas e externas resultou no nome "Na Trilha dos Mistérios" como uma imagem arquetípica da própria peregrinação e da jornada sagrada e iniciática da alma.

O que somos vai além de algumas palavras que nos definem. Espero que, ao conhecer um pouco das minhas atividades e história, possamos vislumbrar possíveis afinidades. Sinta-se à vontade para usufruir do que compartilho aqui e também compartilhar com  outros. O chamado para irmos juntos refere-se à nossa capacidade de compartilhar experiências, pois cada um de nós trilha o seu próprio caminho em busca da Quintessência, a Pedra Filosofal, a Verdadeira Sabedoria, a Felicidade Perfeita, o Summum Bonum.

Vamos juntos na Trilha dos Mistérios!

Pela Santa Ciência!

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